segunda-feira, 11 de maio de 2009

Para sempre Cinderela...

And they lived happy ever after…
Ou simplesmente, e como bem conhecemos: final feliz…

Desde a nossa tenra e inocente infância que estamos habituados a ouvir historias que acabam sempre bem. Não há um único vilão que sobreviva ou não seja severamente castigado, nem mártires que não sejam por fim compensados com felicidade eterna. Isto porque, quase sempre, há uma moral da história: fazer o bem compensa…

E depois há a praga do Príncipe…Digo praga porque maldita a hora em que ele apareceu numa história… História essa que é geralmente contada antes de dormirmos que é para garantir que sonhamos com ele… É que não estamos propriamente a falar do Pai Natal que em certa idade toda a gente se apercebe que pai, só mesmo o nosso. Além disso, o Pai Natal não é massivamente retratado em novelas, filmes, séries, livros e, lá está, em contos de fadas...

Já o Príncipe parece que tem uma série de assessores de imprensa a trabalharem para ele, qual campanha mediática…Dia e noite lá estão eles a certificarem-se que ele ganha cada vez mais notoriedade. O Príncipe, hoje em dia, Special One, The One, ou Mr. Right (sim, porque é demasiado penoso ficar totalmente presa aos contos, um upgrade requer-se ou mais vale cortar os pulsos de vez…) aparece em todo o lado e leva as mais românticas e sonhadoras a crer que se a Cinderela, a Bela Adormecida, a Pequena Sereia, a Gabriela, a Tieta, a Bridget Jones, a Carrie Bradshaw ou a Meredith (…ufffaa!) conseguiram o seu Príncipe, porque não nós??? Não somos menos do que elas e a nossa vez também chegará! Certo???? (Ouvi um SIM??).

Hum, hum…Pois é. Estamos perante uma autêntica fábrica de fazer sonhos. Concretizá-los é que está quieto! Porque há quem diga que finais felizes são historias inacabadas…A felicidade não está na meta mas no percurso e é bom que nos habituemos à ideia. Por isso em vez de esperarmos por casar com o Príncipe, ter o nosso castelo e que os vilões morram para podermos alcançar a felicidade, vamos tentar ser para sempre Cinderelas…Since we’ve born till we die, não apenas quando a fada nos transforma e dançamos agarradinhas ao Mr. Right, num deslumbrante vestido Dolce&Gabbana, complementado com uns inebriantes Jimmy Choo…

E para quem acha redutor que a vida gire em torno de uma cara-metade, respeito. Mas queira-se ou não, é o amor que faz girar o mundo, e o que dizer das nossas cabeças… E claro que a Cinderela do século XXI tem muito mais ambição. Passámos de precisar de um homem a querer um, porque sim e não porque tem de ser. E a ele junta-se uma carreira, realização pessoal, independência financeira…Mas, come on…a alma gémea tem de estar presente! Por alguma razão as novelas acabam sempre com casamentos…

Sou romântica sem ser lamechas, sou sonhadora sem ser lunática e sim, devoro histórias bonitas. Por mais que o fantástico não coincida com o real, não deixarei de acreditar e fazer por ter o meu castelo, o meu Príncipe, o meu final feliz…Mas um final feliz ao fim do dia, da semana, do mês, do ano…O percurso e não a meta, lembram-se? É impossível não me pautar por isto…é como se tivesse sido fadada. Porque a partir do momento em que ouvi o primeiro conto eu quis e soube que ia ser para sempre Cinderela…

1 comentário:

  1. Que bom começo..

    Depois de tanta volta em torno do nome a dar a este novo canto da blogosfera, o simples tornou-se no ideal.. Para sempre Cinderela..

    Um dia alguém me cantou "sabes, cinderela, eu gosto de ti..."

    Se a cinderela já fazia parte de mim, como agora sei que faz de ti, desde este dia passou a viver dentro da minha cabeça, a par e passo com a que vivia já dentro do meu peito..

    Onde existe um grande amor haverá sempre dor... Amar, é sofrer... É ser por alguém. É ser-se para sempre Cinderela...

    ;)

    Welcome my fair lady

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