sábado, 23 de maio de 2009

Yes I am, yes you are...

"Even when I'm a mess, I still put on a vest with an S on my chest...
Oh yes, I'm a Superwoman!"

Com super-poderes, é tudo muito mais fácil...

terça-feira, 19 de maio de 2009

B Day

Definitivamente...B DAY.

B de Big, B de Bombástico, B de Beleza, B de Bárbaro!

Bonita sem ser convencida, talentosa sem ser snob, famosa sem andar nas bocas do mundo, sexy sem ser vulgar...uma Diva que não deixa de ser humilde nem integra.

Sem dúvida, o concerto da minha vida. Em 2007, o Festival de Cannes impediu-me de vê-la mas desta vez não houve imprevistos. Nem mesmo um teste de voz marcado para o dia seguinte me coibiu de cantar e gritar em viva voz – e peço desde já desculpa pelos danos causados a terceiros, nomeadamente a nível auditivo…

Não sem antes causar sofrimento a milhares com a espera, a Diva vez ecoar a sua voz pelo Pavilhão Atlântico e o público veio ao rubro, perdoando em segundos, 60 minutos de atraso. Um a um, tocaram os seus grandes hits acompanhados das coreografias e movimentos mais sensuais que só uma mulher com verdadeiras curvas pode conseguir. Só estando lá para ver...E se estivessem oscilariam entre o êxtase por ouvir ao vivo grandes êxitos numa voz perfeita e incomparável, admiração por ver um autêntico show (sim, temos Miss Entertainer!) e emoção provocada pelas imagens de fundo que nos remetiam para uma outra dimensão...

Foi um espectáculo que soube a pouco, pelo menos a mim que sou fã desde os tempos áureos das Destiny´s Child e não me importava de ouvir todas as músicas, do primeiro álbum em grupo ao ultimo a solo. Até porque se há sentimento que tanto a banda como a Beyoncé sempre me transmitiram foi o de Independent and Confident Women...Que qualquer mulher pode ter uma Beyoncé dentro de si e tentar ser o mais emancipada, poderosa e felina possível. Atingir o topo quando se veio de baixo. E enquanto for essa a mensagem a passar, enquanto for esse o ideal incutido e tal energia positiva e revigorante a circular, então a música e o show-business estão no bom caminho.

Admiro a Beyoncé enquanto mulher, enquanto cantora, enquanto celebridade. Para mim um ícone, uma referência, uma inspiração. Ao pé dela, só mesmo a Oprah Winfrey...Sim porque desengane-se quem entender esta admiração toda como algo gay ou que se baseia apenas na forma. Para mim, sempre a primazia ao conteúdo. Além disso, sei o que sou e o o que não sou. E eu sou mulher e gosto de homens. Mas...If I were a boy... ;)



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Video didn't kill the Radio Star...


“Olá Elisabete,
Cá estou eu, sempre que me é possível de ouvidos na vossa Rádio, sinto-me cada vez mais atraído pela vossa qualidade.
Continuem... neste caso que a Elisabete continue com toda essa simpatia, e boa disposição, quase que me apetece dizer que a Elisabete nunca tem momentos menos bons na vida, pois a simpatia e a boa disposição que nos transmite é qualquer coisa de fascinante.
Elisabete faça o favor de continuar a ser feliz, tenha um bom fim-de-semana e vá-nos dando "música" com toda a capacidade a que nos tem habituado.”

“Olá Elisabete, bom dia.
É com enorme satisfação que a oiço logo de manhã. Mas que frescura que boa disposição!
Desejo-lhe a continuação de um bom programa e também um Bom Fim-de-semana”

“Olá Elisabete!
Desejo-lhe as maiores felicidades, gostei muito da sua maneira de estar na rádio e espero em breve voltar a ouvir a sua bela voz. Tudo de bom para o seu novo projecto.
Um abraço do seu fã!”

“Para a simpática locutora das 19h às 21h…Um grande abraço!”

Um gesto de carinho, pelo carinho que me foi dado…

Até que a voz me doa!

Goooooooood morniiiing, Vietnaaaammm!!!!

Bom, nunca comecei uma emissão assim, mas vontade não me faltou. Tal a adrenalina que me invadia de cada vez que punha os headphones na cabeça e aproximava a minha boca do microfone. Foram dias de ouro, dias de rádio...

Desde pequena fui sempre muito faladora e ainda por cima falava rápido (bem...ainda falo, mas estou muito melhor…). A velocidade do pensamento sobrepunha-se à minha capacidade de fala e as palavras eram disparadas da minha boca, qual metralhadora. E no meio de tanta atrapalhação o que mais ouvia, sobretudo dos professores, era: "Elisabete, cala-te!". Grrrrrrr!!!! Odiava! Mas eis que um dia jurei vingança e prometi que haveria de falar até que a voz me doesse... E foi assim que surgiu a ponta daquela que viria a ser uma das grandes ambições da minha vida...dar a voz, dar a cara! Pela rádio, pela televisão!

Nas aulas, era sempre a primeira a pôr o braço no ar quando se perguntava "Quem é que quer ler?". Mas eu nunca lia...Declamava! Brincava, fingia, simulava, imitava...A voz que saia não era a minha, mas de uma personagem que criei. Era um faz de conta que recreava em casa, no quarto, sozinha, em frente ao espelho... Lia livros, lia revistas ou até mesmo rótulos de uma embalagem qualquer. Tudo servia de treino...A prática surgiu com a oportunidade de animar a rádio da minha escola secundária. A RTE, criada em 1900 e troca o passo pelo Rui Unas (assim parece que o Rui Unas é velho, mas eu só não sei quando foi...). E foi nessa Rádio Televisão Escolar que por 10/15 minutos era contagiada por um bichinho. Um bichinho que foi crescendo até se tornar num grande animal. Anos, castings, entrevistas, apresentações na faculdade e até campanhas de telemarketing depois (oh, sim...odiava call centers mas o trabalho em si ajudou muito na dicção e não só...) o animal rugia cada vez mais alto.

Enveredei por outros caminhos mas os currículos eram religiosamente enviados e procurava vender o meu talento como uma pílula milagrosa. E eis que em 2008 ela foi comprada...Por nem mais nem menos que o melhor grupo de Rádio em Portugal. As provas foram decorrendo e eu fui passando até que no fim só fiquei eu...Num projecto de raiz cujo claim principal era "Assim sim, vale a pena ouvir rádio!". E se valeu! Valeu a pena sobretudo FAZER rádio no meio de pessoas tão talentosas e profissionais com quem tanto aprendi. Valeu a pena eu ter acreditado que lá chegaria e terem também acreditado em mim.

Por alguns meses entrei, diariamente, em muitos lares portugueses e estrangeiros com todo o prazer e humildade. Foram das visitas mais agradáveis que fiz até hoje, que depois eram agradecidas e acarinhadas por carta, e-mail, telefone...Foram dias de ouro!

Mas o sonho foi interrompido a muito custo por uma aposta conveniente e promissora. Senti que devia aventurar-me por outros mundos e até hoje não me arrependo. Mas a saudade come-me por dentro...O que me vai saciando é eu conhecer-me bem e saber que Determinação é um dos meus muitos nomes do meio, tal como Persistência, por exemplo...Sei que o que é meu está guardado, basta que lute por isso...E por isso, hei-de voltar a fechar-me num estúdio, namorar um microfone e deliciar-me a ouvir o meu alterego...Até que o meu ouvido se canse. Até que a voz me doa…

domingo, 17 de maio de 2009

Pretinha...

Pretinha...Uuuu Uuuu faço tudo pelo nosso amor!
Faço tudo pelo bem do nosso bem, meu bem.
A saudade é minha dor, e anda arrasando com o meu coração...

E não duvide que um dia eu te darei o céu.
O meu amor junto com um anel, pra gente se casar.
No cartório ou na igreja. Se você quiser...
Se não quiser tudo bem, meu bem.
Mas tente compreender.
Morando em São Gonçalo você sabe como é...
Hoje a tarde a ponte engarrafou.
E eu fiquei a pé. Tentei ligar pra você,
O orelhão da minha rua estava escangalhado.
O meu cartão tava zerado, mas você crê se quiser...

(Seu Jorge)

Cannes…Et la crème de la crème


Faz hoje precisamente dois anos que embarquei para, talvez, a primeira grande viagem da minha vida. Não que nunca tivesse viajado, mas aquilo que vivi e aquilo que trouxe comigo fizeram da ida ao Festival Internacional de Cinema de Cannes um acontecimento dentro DO acontecimento

Acabadinha de sair da faculdade, tive uma oportunidade que só alguém com uma abençoada boa estrela conseguiria. Um free-pass para a Feira das Vaidades, numa cidade que nunca dorme, pelo menos enquanto dura um dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo.

Escadotes pregados a árvores, ruas sobrelotadas de multiculturalidade, curiosos que se instalavam em frente ao majestoso Carlton, ao famoso Martinez, ou claro, à cobiçada passadeira vermelha do Palais, aguardando pacientemente a chegada das celebridades.

E um a um foram passando…Brad Pitt de braço dado com a Angelina Jolie, Jude Law, Tarantino, George Clooney, Norah Jones, Pamela Anderson, Matt Damon…Estes e muitos mais desfilaram perante os olhos da multidão. Olhos que até então a terra iria comer, e de um momento para o outro doá-los passou a ser uma franca possibilidade…Não é todos os dias, para não dizer nenhum, que se divide o mesmo espaço com as estrelas que estamos habituados a idolatrar.

Foram duas semanas literalmente do outro mundo…Mas o que lhe conferiu toda a humanidade foi, na altura de fazer as malas, ter-me apercebido que não só levaria comigo uma grande experiência (by the way, tinha ido a trabalho…) como amigos para a vida. Cannes só ganhou significado com a chegada de duas grandes almas gémeas que vieram complementar uma terceira…

Quis Deus e os Astros que três nativos de Gémeos, que celebram aniversários na mesma semana, se cruzassem pela Croisette, se perdessem nas ruas que vão dar ao Petit Magestic, se rendessem a certos encantos do La Chunga, ou conseguissem uma entrada especial no Nikki Club. E ainda houve a Festa Africana à beira mar, a Festa da Argélia envolta em véus e purpurina, a festa Americana…e quantas mais festas houvesse o recém-formado Angola Conection marcaria presença. Para celebrar a vida pois são os três cheios dela.

A despedida fez-se com um nó na minha garganta, mas também com a certeza que a nossa história não ficaria por ali… E não ficou. Dois anos passados e mantém-se todo aquele carinho e admiração. E aqui vos vou esperando sem encontro marcado mas com a certeza de sucessivos reencontros. Pode ser mesmo pelas ruas menos glamorosas de Lisboa ou de Luanda. Não importa onde. Nunca importou. Cannes ficou na memória mas vocês ficaram no coração…

AC Forever!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quem (d)escreve assim...

Não sonho, apenas. Eu realizo.
Não tento, apenas. Eu consigo.
Não quero, apenas. Eu tenho.
É para jogar? Então eu ganho. Mas se perder, é por falta de experiência.
Minto? Não. Omito.
Não discuto. Eu debato ideias.
A minha energia positiva? Vem de mim, da minha família e dos meus amigos.
Sou louca? Eu posso.
Sou santa? Nem tanto.
Tenho juízo? O suficiente.
Humilde? Às vezes.
Modesta? Nem sempre.
Ingénua? Isso é o que tu pensas…
Ousada? Muitas vezes.
Atrevida? Quando necessário.
Convencida? Não. Segura.
Amiga? Demais.
Boa Rapariga? Sempre fui.
Feliz? Sempre.
Ciumenta? Não. Cuido apenas do que é meu.
Gozona? LOOOL…Quem? Eu?!
Inveja? Falta de capacidade.
Asneiras? Já cometi algumas, mas todas serviram como exemplo.
Duvidas de mim? Paga para ver…
Eu amo? Quem merece.
Fui fácil? Tiveste sorte...
Fui difícil? Culpa tua.
Gostas de mim? Bom para nós.
Gostar de ti? Convence-me.
Sou atenciosa? Sorte a tua.
Sou chata? Depende de ti.
Fui mal-educada? Então mereceste.
Ter-me? Quem sabe um dia…
Esquecer-me? Tenta…
Queres que entre na tua vida? Só se for para ficar.
Queres que saia? Alguma coisa hei-de deixar…
Queres saber mais? Só conhecendo...

Gostava de atribuir direitos de autor mas não encontrei. Mas como personalizei algumas coisas, este fica como meu ;)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Para sempre Cinderela...

And they lived happy ever after…
Ou simplesmente, e como bem conhecemos: final feliz…

Desde a nossa tenra e inocente infância que estamos habituados a ouvir historias que acabam sempre bem. Não há um único vilão que sobreviva ou não seja severamente castigado, nem mártires que não sejam por fim compensados com felicidade eterna. Isto porque, quase sempre, há uma moral da história: fazer o bem compensa…

E depois há a praga do Príncipe…Digo praga porque maldita a hora em que ele apareceu numa história… História essa que é geralmente contada antes de dormirmos que é para garantir que sonhamos com ele… É que não estamos propriamente a falar do Pai Natal que em certa idade toda a gente se apercebe que pai, só mesmo o nosso. Além disso, o Pai Natal não é massivamente retratado em novelas, filmes, séries, livros e, lá está, em contos de fadas...

Já o Príncipe parece que tem uma série de assessores de imprensa a trabalharem para ele, qual campanha mediática…Dia e noite lá estão eles a certificarem-se que ele ganha cada vez mais notoriedade. O Príncipe, hoje em dia, Special One, The One, ou Mr. Right (sim, porque é demasiado penoso ficar totalmente presa aos contos, um upgrade requer-se ou mais vale cortar os pulsos de vez…) aparece em todo o lado e leva as mais românticas e sonhadoras a crer que se a Cinderela, a Bela Adormecida, a Pequena Sereia, a Gabriela, a Tieta, a Bridget Jones, a Carrie Bradshaw ou a Meredith (…ufffaa!) conseguiram o seu Príncipe, porque não nós??? Não somos menos do que elas e a nossa vez também chegará! Certo???? (Ouvi um SIM??).

Hum, hum…Pois é. Estamos perante uma autêntica fábrica de fazer sonhos. Concretizá-los é que está quieto! Porque há quem diga que finais felizes são historias inacabadas…A felicidade não está na meta mas no percurso e é bom que nos habituemos à ideia. Por isso em vez de esperarmos por casar com o Príncipe, ter o nosso castelo e que os vilões morram para podermos alcançar a felicidade, vamos tentar ser para sempre Cinderelas…Since we’ve born till we die, não apenas quando a fada nos transforma e dançamos agarradinhas ao Mr. Right, num deslumbrante vestido Dolce&Gabbana, complementado com uns inebriantes Jimmy Choo…

E para quem acha redutor que a vida gire em torno de uma cara-metade, respeito. Mas queira-se ou não, é o amor que faz girar o mundo, e o que dizer das nossas cabeças… E claro que a Cinderela do século XXI tem muito mais ambição. Passámos de precisar de um homem a querer um, porque sim e não porque tem de ser. E a ele junta-se uma carreira, realização pessoal, independência financeira…Mas, come on…a alma gémea tem de estar presente! Por alguma razão as novelas acabam sempre com casamentos…

Sou romântica sem ser lamechas, sou sonhadora sem ser lunática e sim, devoro histórias bonitas. Por mais que o fantástico não coincida com o real, não deixarei de acreditar e fazer por ter o meu castelo, o meu Príncipe, o meu final feliz…Mas um final feliz ao fim do dia, da semana, do mês, do ano…O percurso e não a meta, lembram-se? É impossível não me pautar por isto…é como se tivesse sido fadada. Porque a partir do momento em que ouvi o primeiro conto eu quis e soube que ia ser para sempre Cinderela…